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ÍDOLO DO BASQUETE PROMOVE AÇÃO SOCIAL EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

EX-JOGADOR DA SELEÇÃO BRASILEIRA, CADUM É IDEALIZADOR DO PROJETO “CESTAS  QUE ACOLHEM”, QUE CONTA COM DEZENAS DE VOLUNTÁRIOS



Por Daniel Nápoli

Campeão dos Jogos Pan-Americanos de Indianápolis-1987, o ex-jogador  da Seleção Brasileira de Basquete, Ricardo Cardoso Guimarães, o Cadum , foi grande nas quadras e também é fora delas.

Idealizador do projeto social  “Cestas que Acolhem”, o ex-armador e atual comentarista esportivo na TV Cultura, vem auxiliando diversas pessoas em situação de vulnerabilidade, na cidade paulista de  São José dos Campos, no Vale do Paraíba.


Ao Momento do Esporte, Cadum comenta como o projeto nasceu. “Eu sempre tive a ideia de ter algum projeto social para ajudar aos mais necessitados desde o tempo em que eu jogava. No ano passado em julho, no auge da pandemia, essa ideia ressurgiu com mais força. Acompanho o trabalho do Mario Saraiva, um grande amigo, que foi meu assistente quando trabalhei como técnico em Uberlândia em 2005. Hoje ele tem um restaurante no Rio de Janeiro, e um projeto social chamado Santa Sopa que distribui sopas para os moradores de rua daquela cidade”, comenta.

“Ele me passou todos os detalhes de como iniciar um projeto semelhante aqui em São José dos Campos. Conversei com minha esposa Ana Regina e minha irmã Marcia, ambas ex-jogadoras de basquete, de começarmos essa ação por aqui. Decidimos fazer, compramos os produtos necessários, preparamos 60 sopas e saímos para distribuir. Foi muito legal e resolvemos fazer de novo pelo menos uma vez por mês, ou a cada 15 dias. Mostramos nossa ação para alguns amigos e todos se interessaram muito em ajudar”, explica.

 Após o primeiro passo, a ação foi ganhando corpo. “Com a adesão de algumas pessoas, já fizemos novamente na semana seguinte, e não paramos mais. Toda semana desde julho do ano passado estamos nas ruas distribuindo essas refeições. O primeiro nome que surgiu foi “Sopa de 3”, numa referência ao produto que estávamos distribuindo e ao 3, por sermos 3 pessoas e uma lembrança a bolas de 3, já que somos 3 basketeiros. Como a ideia não era apenas distribuir sopas, mudamos para “Cestas de 3” e finalmente para “Cestas que Acolhem”.

Menos de um ano depois, o projeto conta com mais de 40 voluntários e muitos doadores. “No começo de cada semana, decidimos se faremos na sexta ou no sábado e divulgamos a lista dos produtos que iremos precisar para a produção das marmitas em nosso grupo do Cestas e em grupos pessoais. As pessoas se comprometem com a doação e vamos fechando a lista. Os voluntários também se comprometem em vir participar da produção e/ou distribuição das marmitas”, explica o ex-armador.



Cadum prossegue explicando o processo. “A produção é toda feita na minha casa e temos um limite de 12 pessoas para esse trabalho por conta do espaço físico aqui. As pessoas chegam por volta das 14h30 e começam a preparação de tudo. Por volta das 18hs, começam a chegar os voluntários que participarão apenas da distribuição. Estamos com tudo pronto para embalar, colocar nos carros e sair para as ruas. Enquanto alguns estão na preparação das marmitas, outras pessoas estão separando as roupas doadas. Saímos em quatro carros dos próprios voluntários para duas rotas distintas na cidade”.

Ao todo, são dois carros com as marmitas e outros dois com as roupas. “Temos alguns pontos fixos onde se concentram as pessoas necessitadas, não só moradores de rua, mas também pessoas que tem moradia, mas não tem emprego ou uma comida para dar aos filhos. Paramos o carro nesses pontos e distribuímos as marmitas e roupas, além de conversarmos com esse pessoal”, destaca o idealizador do projeto.

 “As duas rotas têm o mesmo ponto final onde encerramos nossa ação daquela semana. Já são mais de 3 mil refeições distribuídas, sopas no inverno e marmitas quando está mais quente. Mas não é só isso. Em nossas ações semanais, distribuímos também água, pão, roupas, sapatos e cobertores, produtos de higiene e ração para os pets. O mais importante, é que além dessa parte física de comida, roupas, etc, nós estamos em contato com essas pessoas carentes para um momento de atenção, de carinho”, explica.

Cadum reforça a importância de se estender a mão em momentos de dificuldades. “Tentamos levar uma palavra de amor e de otimismo. Já direcionamos pessoas para entrevistas de emprego e abrigos sociais. E já fizemos doações de cestas básicas para igrejas e associações. Mais recentemente estamos atendendo algumas famílias que ‘adotamos’ para o recebimento de uma cesta básica por mês.

Voltando a comentar sobre as distribuições, as mesmas são feitas em pontos com maior concentração de pessoas carentes, na cidade de São José dos Campos. “Algumas praças, algumas lojas grandes, onde tenha uma cobertura para abrigo, região da rodoviária e centro da cidade”.

Aos interessados em auxiliar ou integrar o projeto, podem fazer da seguinte forma, de acordo com Cadum. “São duas maneiras de auxiliar no nosso projeto. Se o interessado mora em São José dos Campos, ele pode nos ajudar doando roupas e produtos para a preparação das marmitas ou ainda fazendo doação em dinheiro para comprarmos produtos, roupas, cobertores, material de higiene, etc. Essas pessoas também podem nos ajudar como voluntários na preparação e distribuição das marmitas. Caso a pessoa resida em outra cidade, a maneira de auxiliar é através de depósito bancário de qualquer valor. Temos doações vindas de muitas cidades e inclusive de amigos dos EUA e Portugal.”

Cadum aproveita para reforçar. “O Projeto Cestas que Acolhem está crescendo. Temos algumas idéias para incrementá-lo e qualquer ajuda é sempre bem-vinda. Já destaquei que estamos ‘adotando’ algumas famílias para distribuição de cestas básicas. Mas também faremos uma doação de produtos de higiene e limpeza para um grande asilo aqui da cidade. “


“Um outro projeto é a criação de um Brechó Virtual com as inúmeras roupas que recebemos e que não conseguimos distribuir nas ruas. Outra ação é uma caminhada que farei até Aparecida (já tinha isso programado antes da criação do Cestas que Acolhem) e que vou tentar associar esse ato com alguma coisa voltada para doações para o projeto. E por fim, uma outra idéia é uma ação de Natal em algum asilo da cidade, onde iríamos com nosso grupo para distribuição de refeição e presentes para os idosos, além de levar um pouco de atenção numa tarde de uma boa música e um bate papo com eles”, conclui.

 

Para saber um pouco mais sobre o projeto e auxiliar ou fazer parte, basta acessar: https://www.facebook.com/Projeto-Cestas-que-Acolhem-103755638085772.

 

Fotos - Divulgação

Moura Nápoli

Moura Nápoli

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