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PERSONALIDADES DO BASQUETE HOMENAGEIAM RUTH DE SOUZA

EX-TREINADORES E EX-ATLETAS DA SELEÇÃO BRASILEIRA, COMENTAM SOBRE CONVÍVIO COM A CAMPEÃ MUNDIAL



Por Daniel Nápoli

Nesta terça-feira (13), o basquete brasileiro chora a perda de Ruth Roberta de Souza, que faleceu aos 52 anos de idade, vítima da Covid-19. A ex-pivô foi campeã mundial com a Seleção Brasileira Feminina de Basquete em 1994 e ouro nos Jogos Pan-Americanos de Havana-1991, devido a complicações da Covid-19.

A ex-atleta, que possuía diabetes,  estava internada desde o dia 29 de março em um hospital na cidade de Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul. A confirmação do falecimento de Ruth foi dada nas redes sociais por Aurora Silva, sobrinha da campeã mundial. 

A morte de Ruth como não poderia ser diferente, causou grande comoção entre os amantes da modalidade. O Momento do Esporte ouviu personalidades do basquete que conviveram com a ex-pivô e comentaram sobre a triste notícia e o que a ex-atleta representou e seguirá representando.

Responsável por descobrir Ruth e participar de sua formação na base e treiná-la nas equipes adultas da UNIMEP/Piracicaba e Ponte Preta, além da Seleção Brasileira, Maria Helena Cardoso comentou.  “Estou muito triste, o meu coração está quebrado com a perda da Ruth. Ela foi uma menina que começou comigo, jogou a vida inteira comigo. Sinto como se tivesse perdido uma filha hoje.”


A ex-treinadora, que comandando Ruth foi campeã tanto pela Seleção Brasileira, quanto por UNIMEP/Piraricaba  e Ponte Preta, acrescenta. “Ela foi uma das minhas filhas queridas que eu  dediquei muito tempo. Ela era uma pessoa pura, ela tinha um coração maravilhoso. Eu não conheço uma pessoa que não gostasse da Ruth.”

”Tenho certeza que ela foi direto para os braços do Pai, porque era uma pessoa de coração puro, sempre muito guerreira. Ela trabalhou muito pelo nosso país. Só tenho coisas boas para dizer sobre ela”, reforça Maria Helena.

Ex-pivô do Brasil campeão mundial em 1994 e ouro no Pan de 1991, Simone Pontello destacou a amizade e a parceria em quadra,  “Ela era minha irmã dentro do basquete e fora dele nem se fala, mais que irmã. Ela é meu ídolo, sempre falei isso pra ela. Uma perda irreparável. Muito triste”.


Integrante da seleção campeã mundial e da Ponte Preta ao lado de Ruth, a ex-ala/armadora Helen Luz, atualmente comentarista de basquete feminino  da TV Cultura comentou sobre a triste notícia. "Dia muito triste. Temos os nossos grupos das campeãs do mundo. Estávamos em oração desde que ela foi internada. Para que saísse dessa. Mas, infelizmente a vontade de Deus é suprema. Perda lamentável. Ruth é uma querida. Muito.”

“Todo mundo amava a Rutão. Espirituosa. Pessoa que contagiava positivamente o ambiente em que ela estava. Só posso deixar aqui as boas recordações que tenho da Ruth. E é com essa memória dela, sorriso lindo, inigualável, que queremos deixar agora registrado em nossa mente. Deixo todos os meus sentimentos à família. Não deve ter sido fácil vivenciar essa Covid, tentando sobreviver. Meus sentimentos a cada um deles. E que a Rutão esteja em nossos corações. Só deixou boas lembranças".

Ruth que era e continuará sendo bastante querida é elogiada não só por quem teve a honra de atuar ao seu lado ou treiná-la. Ex-treinador da Seleção Brasileira e do Ituano Basquete, Antônio Carlos Barbosa comenta. “Nunca tive a oportunidade de estar com a Ruth em minhas equipes. Ela sempre estava em equipe adversária e mesmo na seleção não tive a oportunidade. Quando assumi a seleção ela já não fazia mais parte, lamenta.


Ela foi uma menina muito boa, fruto de um trabalho muito bem feito pela Maria Helena lá em Piracicaba. Era uma pessoa muito pura de pensamentos, uma ‘criançona’, sempre muito brincalhona e uma pivô de muita força. Toda perda muito triste, ainda mais jovem, 52 anos. Sentimentos a família, não gostaríamos nunca de ter essas notícias. Mais uma que parte para se juntar a outras jogadoras de basquete que precocemente nos deixaram, acrescenta.

As lembranças e declarações não pararam por aí. Ao site da Confederação Brasileira de Basketball (CBB), a atual vice-presidente da entidade e ouro no Pan de 1991 e campeã mundial de 1994 ao lado de Ruth, Magic Paula enalteceu a ex-pivô. "Perdi uma amiga, com uma história de vida de muitos desafios, mais jamais perdeu sua doçura e sempre com seu jeito humilde e eficiente na convivência em grupo”

 “Dia muito triste para mim. Ruth fazia parte da minha família e sempre recebida com carinho, como merecia. Que ela faça esta passagem com muita luz", acrescentou Paula.

A Rainha Hortência que também atuou com Ruth na Seleção Brasileira e na Ponte Preta, assim como Paula, lamentou. "Infelizmente recebemos a notícia que nossa grande amiga e companheira, a Ruth, se foi, e uma atleta que nos ajudou muito a ser campeã do mundo.”


Hortência relembrou os momentos de apreensão desde a notícia da internação da amiga. “Acompanhamos por todo esse tempo a angústia, angustiadas mesmo com as notícias dos familiares no nosso grupo das campeãs mundiais no WhatsApp. Acompanhamos passo a passo tudo que aconteceu, torcendo de longe para que ela segurasse essa onda. Mas não foi possível. O que temos a fazer é agradecer o que ela fez pelo basquete feminino. E que Deus receba ela de braços abertos. O basquete está triste. E vamos rezar para que ela seja recebida com festa lá no céu".

Também campeã mundial ao lado de Ruth, a ex-atleta e atual coordenadora da Seleção Brasileira, Adriana Santos  também falou ao site da CBB. "Momento difícil de falar, estou muito triste, coração bem partido. A Ruth era uma menina muito generosa, é assim que eu vou lembrar dela. Quero falar da Ruth alegre, companheira, com sorriso no rosto. Farrista.”


“Conheci ela em Piracicaba, quando eu tinha 16 anos, ela tinha 18. E na primeira noite ela já veio trazer uma pizza para comermos na república. Desde lá tenho uma afeto muito grande pela Ruth. Ela me apelidava de um monte de coisas e falava: como pode um francês gostar dessa magrela, essa ‘bocuda’, essa Olívia Palito (Adriana é casada com o francês Virgil López, técnico do Sampaio Basquete e assistente técnico da Seleção Brasileira). E eu falava, sou tudo isso e você me ama. Tínhamos um carinho muito grande uma pela outra”, recorda Adriana.

 “Só vou lembrar de coisas boas. Ajudou o Brasil a ser campeão mundial. Parecia ter cara de brava, mas era sensacional. Que Deus a receba de braços abertos. Apesar da simplicidade, ela também era muito inteligente. Sacadas boas. Sempre com muito humor. E estar perto de alguém assim é muito bom, te coloca para cima", acrescenta a coordenadora.

Durante todo o dia, diversos clubes do basquete feminino prestaram  homenagens a Ruth, que também fez parte da Seleção Brasileira que disputou os Jogos Olímpicos de Barcelona-1992.


Fotos – Arquivo pessoal/Divulgação/CBB


Moura Nápoli

Moura Nápoli

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